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O impacto dos alimentos orgânicos à sua saúde e ao meio ambiente!

Quando nos deparamos com alimentos orgânicos, seja em supermercados, feiras ou restaurantes, a primeira impressão que muitas pessoas possuem é apenas associá-los aos produtos sem agrotóxicos ou componentes químicos.

Entretanto, elas não conhecem que este não é único indicativo, visto que há toda uma regulamentação por trás e, infelizmente, muitas pessoas só confiam na palavra de quem comercializa ou apresenta o produto, sem saber que podem ter sido enganadas.

Sendo assim, hoje apresentarei mais sobre esse tipo de alimento e responderei suas principais dúvidas! Vamos lá?

O que são alimentos orgânicos?
Antes de tudo, vamos a um breve histórico.

A agricultura orgânica foi um conceito que surgiu entre 1925 e 1930 pelo pesquisador inglês Albert Howard na Índia, o qual alertava sobre a preservação da fertilidade do solo nas plantações. Em 1970, houve uma explosão deste tipo de plantio nos Estados Unidos e somente em 1980, que este conceito chegou nas terras brasileiras e vem se tornando cada vez mais popular.

Agora respondendo ao seu questionamento, a produção de alimentos orgânicos é aquela livre de quaisquer tipos de insumos artificiais.

Isto é, eles não possuem agrotóxicos, aditivos sintéticos, hormônios, adubos químicos, antibióticos, fertilizantes, drogas veterinárias, herbicidas, fungicidas, pesticidas, nematicidas, bactericidas, organismos geneticamente modificados (OGM), transgênicos, radiações (ou irradiações) ionizantes.

Engana-se quem só os restringem em frutas e verduras, já que são os alimentos orgânicos que mais cresceram nos últimos anos. É possível encontrar também arroz, feijão, ovo, café, vinho, chocolate, geleia, mel, ketchup, entre outros.

Como classificá-los?
Os tipos de alimentos orgânicos são diferenciados conforme a quantidade de insumos orgânicos que compõem, como demonstrado nos tópicos abaixo.

Produto 100% orgânico: aquele que o alimento in natura segue todas as regras da produção orgânica;
Produto orgânico: contém 95% de ingredientes organicamente produzidos (excluindo o sal e o açúcar);
Produto feito com ingredientes orgânicos: possui de 70 a 95%;
Produto natural: apresenta menos que 70%, porém emprega as mesmas exigências dos produtos orgânicos processados.
Por que consumir os alimentos orgânicos?
Apesar de não haver evidências suficientes para assumir, de forma definitiva, que os alimentos produzidos organicamente são mais benéficos para a saúde do consumidor, ainda assim, é possível verificar que eles possuem maior conteúdo de vitaminas (como o ácido ascórbico, ou vitamina C, que é um antioxidante) e minerais.

O seu sabor é mais autêntico, já que são livres de hormônios de crescimento, aromas, conservantes e corantes artificiais. Além de possuírem maior concentração de matéria seca (porção que sobraria do alimento após a retirada de toda a sua umidade) e compostos fenólicos que aumentam a proteção do organismo.

O emprego de fertilizantes em plantas convencionais, por exemplo, acaba acelerando o crescimento e o desenvolvimento delas, o qual acaba interferindo nos seus metabolismos e resultando em menores tempos de maturação e síntese de nutrientes.

Por causa desse uso de agrotóxico em plantas, é possível se contaminar ao ingeri-las, mesmo a níveis bem baixos. Infelizmente, não existem muitos sintomas característicos dessa intoxicação, nem medicamentos que podem agir corretamente em pacientes com acúmulo desses agentes químicos no organismo.

Então eles são melhores para o meio ambiente?
Com certeza! O simples fato dos produtores não utilizarem compostos químicos na agricultura implica na não agressão ao meio ambiente.

Devido à alta demanda de alimentos convencionais, muitas vezes o solo não é respeitado. Assim, problemas como o tempo inadequado para a produção e recuperação do solo e a falta de rodízio de tipos de culturas ocorrem. Desse modo, o solo vai se enfraquecendo e se tornando gradualmente pobre em nutrientes, gerando alimentos pobres e sensíveis a pragas, tal que necessitarão doses maiores de agrotóxicos.

Os agricultores orgânicos procuram respeitar os ciclos das estações do ano e as características da região, tal que garantem o caráter sustentável da atividade agrícola e esquivam da degradação dos recursos naturais.

Tais práticas evitam a perda do solo fértil causada pela erosão, uma vez que eles rotacionam as culturas e empregam a adubação verde. Mas também, minimizam os impactos sobre o clima, o solo e a água, visto que os agrotóxicos usados em alimentos convencionais podem contaminar os lençóis freáticos e os rios.

De modo geral, podemos diferenciar estes dois tipos de alimentos quanto a sua produção na tabela a seguir, baseada em “Alimentos Orgânicos: Um Guia para o Consumidor Consciente”, de Moacir Roberto Darolt:

tabela com as diferenças entre as prouções convencionas e a produção orgânica
E quanto aos animais?
Na pecuária, os produtores tratam seus animais com alimentos orgânicos, com acesso a pastagens e estruturas adequadas e limpas, a fim de prevenirem doenças e evitarem o emprego de antibióticos. Caso aconteça, são utilizados tratamentos como a fitoterapia e homeopatia. Assim, são providas as carnes e consequentemente, os ovos e os laticínios orgânicos.

Apesar das pessoas se preocuparem mais com os vegetais, são os animais que acumulam mais resíduos das comidas que ingerem e as armazenam em seus depósitos de gordura.

Logo, a ingestão de alimentos convencionais pode ter níveis mais concentrados de substâncias químicas do que você possa imagina, que se iniciaram desde o início da cadeia alimentar.

Os alimentos orgânicos são mais caros mesmos?
Sim. É difícil alimentar o mundo todo com comidas saudáveis por causa desta condição. E isto é ruim!

O preço deles é diretamente proporcional ao trabalho que eles geram para serem produzidos.

Os motivos são vários: a não introdução de fertilizantes gera um crescimento mais devagar; este tempo necessita acompanhar a remuneração do serviço do produtor orgânico; a instalação de barreiras contra produções convencionais vizinhas; o governo não oferece tanta assistência quanto a comum.

Sabemos também que esse trabalho para fornecer os alimentos orgânicos, normalmente, vem das pequenas propriedades familiares (que provêm sua renda neste meio). A velocidade desta produção não cresce no mesmo ritmo que a demanda, ocasionando um sobrepreço no produto naturalmente.

Por fim, há o custo ainda para adquirir a certificação e consequentemente o selo, que atestam o alimento ser de origem orgânica.

Então por que os alimentos orgânicos vendidos em feiras são mais baratos?
De acordo com a Lei n° 10.831, de 23 de dezembro de 2003, a comercialização direta ao consumidor, por parte dos agricultores familiares cadastrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), permite que a certificação seja optativa.

Dessa forma, muitos não precisam pagar por este documento e não agregam este valor aos seus produtos, tendo a possibilidade de barateá-los.

Diferentemente de estabelecimentos comerciais como supermercados, que são os intermediários entre o produtor e o comprador.

Como consigo esta certificação?
Através de um organismo de avaliação da conformidade orgânica credenciado pelo MAPA, que oferece três tipos de certificações: Auditoria, Sistema Participativo de Garantia e Controle Social da Venda Direta (refere-se à comercialização direta dos agricultores familiares mencionada anteriormente).

O mais comum é o primeiro, uma vez que é avaliado apenas a adequação da produção aos requisitos necessários nacionalmente e internacionalmente para se enquadrarem na categoria de orgânicos por certificadoras, públicas ou privadas, credenciadas pelo MAPA.

Já a segunda é analisada por produtores, fornecedores, consumidores, técnicos e quem mais tiver interesse, mas também por um Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (Opac) habilitado pelo MAPA.

Assim que o produtor resolve usar métodos deste tipo de agricultura, é recomendado que ele ligue a uma agência credenciada, em que informará as normas técnicas e poderá realizar visitas periódicas na produção agrícola ou nas unidades de processamento.

Após tudo isso e as adequações à legislação, finalmente, o fabricante poderá utilizar um selo estruturado pelo Ministério juntamente com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) representado a seguir:

selo-organico
Próximo a este selo vem ainda a classificação impressa da categoria de produto orgânico que o seu se enquadra.

Quais alimentos desta categoria que eu devo comprar?
As pessoas que desejam uma alimentação mais saudável, natural e equilibrada, uma boa opção são os alimentos orgânicos. É importante ressaltar que eles não possuem a função de emagrecer, mas auxiliam na manutenção de um peso ideal.

Mesmo que sejam mais caros e você não consiga fazer a substituição total, é possível selecionar alguns vegetais para começar. Vale a pena e dê preferência por trocar aqueles que são mais contaminados por agrotóxicos.

Do maior para o menor nível de concentração destes compostos químicos temos: pimentão, morango, pepino, alface, cenoura, abacaxi, beterraba, couve, mamão, tomate.

 

Fonte: https://www.ejeq.com.br/alimentos-organicos/ 

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